Translate

Total de visualizações de página

Postagens mais visitadas

Arquivo do blog

Pesquisar este blog

Páginas

sábado, 16 de fevereiro de 2013

ver e ler


The Laboratory Rat: A Natural History

O documentário segue o dia-a-dia de um grupo de ratazanas domésticas que são libertadas na natureza, onde terão de re-aprender tudo aquilo que esqueceram (ou não) ao serem domesticadas. Mais sobre o filme aqui. Adoro :D 

Rat’s Life

Documentário de 5 min. onde uma ratazana procura justificar-se ante as opiniões negativas das pessoas abordadas.

How to Take Care of Your Pet Rat

Conjunto de dois vídeos de 3 min. da Society for the Prevention of Cruelty to Animals de San Francisco sobre os cuidados a ter com uma ratazana de estimação. Curtos mas muito melhores que os daExpertVillage, que estão cheios de informações erradas.

Rats and Water

Pequeno tutorial sobre como tornar a relação com a água em algo relaxante para a rata. Mais aqui.

Keyboard Rat

Genial… Épico! Intemporal!… Por Marta Bernardino.

Rats Laugh When You Tickle Them

Parte de um documentário cujo título original não consigo descobrir… Estudo desenvolvido pelo professor Jaak Panksepp. Disponível para download aqui.

Rats – The Great Underrated Pet

Documentário de 70 min. com quase 2h de extras. Conta a história da ratazana doméstica como animal de estimação, desde o seu passado enquanto praga até à situação nos nos dias de hoje como animal amado. Inclui extras com entrevistas, fotos, animações… Mais aqui. Ainda só encontrei à venda na América (aqui).

Opportunists

Pedaço de 5 min. do episódio Opportunists da série de documentários da BBC The Life of Mammals, narrado por David Attenborough. Opõe o estilo de vida das ratazanas citadinas de esgoto ao das ratazanas sagradas do templo de Karni Mata.

The Rat Temple

Episódio da série Culture Shock. Karni Mata foi uma sábia Hindu adorada como encarnação da deusa Durga. Quando o seu enteado se afogou num tanque, ela implorou ao deus da Morte que o ressuscitasse. O deus permitiu que o rapaz e todos os da sua linhagem reincarnassem como ratazanas, que são por isso protegidas e consideradas sagradas no templo de Karni Mata. Os fiéis viajam para lhes trazer leite e beber com eles. Se uma das ratazanas é morta, tem de ser substituída por outra, de ouro maciço. Avistar uma ratazana albina no meio das escuras é considerado um sinal de boa sorte. Maisaqui.

Detection Rats Technology

O Rato Gigante da Gâmbia é treinado pela associação de caridade APOPO para detecção de odores na Tanzânia e em Moçambique. “O olfacto é o sentido mais importante para os roedores (…). Além disso, são animais resistentes e de fácil manutenção, que aprendem depressa, e que não se envolvem com os tratadores da maneira como os cães por vezes o fazem. A APOPO está determinada a tornar-se numa referência no que toca a detecção de odores por roedores e desenvolveu um método de treino eficaz para os ensinar a detectar minas e tuberculose. Este método está a ser adaptado para abranger drogas ilícitas,  comida infectada, pessoas soterradas e fugas de gás.”Mais no site da APOPO.

The Dream Life of Rats

Pedaço de 10 min. de um documentário da Discovery, sobre o estudo desenvolvido pelo professor Matt Wilson. “No campo da neurociência, as ratazanas de laboratório são o centro de questões proeminentes: conseguiremos “ler” os nossos cérebros? Será possível dominar os nossos medos, as nossas emoções? Seremos um dia capazes de controlar máquinas com o poder da mente?… Ou sermos nós próprios controlados à distância? As ratazanas de laboratório experimentaram todas estas questões antes de nós”. As ratazanas utilizadas na experiência não tiveram exactamente um vida de sonho…


Criar


criar

ATENÇÃO, este é um artigo em construção. Durante os próximos dias ou semanas será corrigido, alterado e acrescentado.
Reproduzir ratazanas é tão simples que pode acontecer por acidente. Basta juntar macho com fêmea e esperar pelo milagre da multiplicação. Já criar conscientemente ratazanas domésticas é bem mais complicado.

Criar com objetivos

O objectivo essencial de qualquer criador deve ser a melhoria da sua linhagem.
linhagem é uma estirpe (um grupo de descendentes com a mesma origem genética), conseguida e mantida principalmente através de criação seletiva.
Para conseguir e manter padrões de excelência é preciso considerar constantemente saúde, temperamento e tipo. Esta é uma tarefa impossível sem o auxílio do pedigree: o registo genealógico de todos os indivíduos de uma linhagem, tão detalhado quanto possível. O exame deste registo permitirá tirar conclusões decisivas quanto ao melhor a fazer num projeto.
Para atingir o seu objectivo, o criador tem ao seu dispôr três métodos de criação seletiva: outcrossing, line breeding e inbreeding (endogamia).
Mais sobre o assunto em breve.

Escolher as ratazanas


O macho

A escolha do macho certo é crucial para o projecto de criação. Ele será o elemento chave,  podendo passar a sua informação genética até depois dos dois anos de idade. Os machos podem passar por uma fase em que as suas hormonas estão em alta, tornando-se dominantes e possivelmente agressivos, entre os quatro e os oito meses. Assim, um macho não deve ser cruzado antes de ultrapassada essa fase, para que possamos observar o seu carácter depois de amadurecido. Esperar vai permitir-nos observar também se cresce saudável e com bom tipo.
Animais com problemas respiratórios ou que passaram por tratamentos longos com antibióticos devem ser retirados do projecto. É bom descobrir o máximo possível sobre os seus antepassados. Problemas de saúde, longevidade… tudo isso é hereditário e uma mais valia saber, daí a importância de manter um pedigree.
Um bom macho deve ser de constituição sólida, musculado mas não gordo, pesando de preferência mais de 500gr (quanto maior melhor). A sua cabeça deve ser larga. A cauda deve ser grossa e bem colocada, com comprimento igual ou superior ao do corpo. Os olhos devem iguais, de bom tamanho. As orelhas devem ter uma forma perfeita.

A fêmea

Praticamente tudo referido acima pode ser aplicado à escolha da fêmea, com algumas diferenças.
Existe alguma discussão à volta da idade ideal para cruzar uma fêmea pela primeira vez. Há concordância em relação à idade mínima: não antes dos quatro meses. A idade considerada ideal é entre os cinco e os seis meses. Mas no que toca à idade máxima, as opiniões dividem-se. A fêmea atinge a meia idade aos nove meses e há quem defenda que não deve ser cruzada pela primeira vez depois disso, mas não há provas de que corra um risco real. A fêmea deixa de ser fértil entre os 15 e os 18 meses.
A ratazana deve ser saudável, provindo de uma linhagem livre de tumores mamários. Deve ter o melhor temperamento possível, viva mas não assustadiça. O seu corpo deve ser longo e vigoroso, não demasiado pesado. Uma ratazana gorda demais terá dificuldades. Um bom peso para iniciar uma fêmea estará à volta dos 300 gr.
A sua cabeça deve ser mais estreita, longa e pontiaguda que a de um macho.

O acasalamento

A fêmea entra no cio a cada 5-6 dias, a não ser que esteja grávida ou a amamentar. O cio vai durar normalmente, do início da noite até de madrugada. Se puseres a mão sobre o seu lombo podes observá-la a assumir a posição de acasalamento – lordosis – arqueando as costas e permitindo aos seus genitais rodar 90 graus para facilitar a cópula. As suas orelhas também podem vibrar, de maneira atrativa. Outras fêmeas poderão montá-la, numa simulação de ato sexual.
Apesar de as ratazanas conseguirem criar durante todo o ano, as melhores alturas para fazer uma ninhada são durante a Primavera ou o Outono, para não sujeitar a fêmea grávida aos picos de temperatura do Verão ou do Inverno. Durante os meses mais frios a fêmea pode nem sequer entrar no cio.
Uma vez que macho e fêmea não devem viver sempre juntos, o que resultaria em ninhadas sucessivas, extremamente cansativas para a fêmea, é preciso juntá-los durante o cio da fêmea, e para isso há duas opções.
Uma opção é deixar macho e fêmea juntos na mesma gaiola durante aproximadamente sete dias. Este método tem a vantagem de ser eficaz: durante esses sete dias, a fêmea há-de eventualmente entrar no cio. Tem a desvantagem de não sabermos exatamente quando se deu a cópula, e assim ser mais difícil prever quando nascerão os bebés. Pode também ser mais difícil reunir fêmea e macho aos seus companheiros de gaiola, pois passaram muito tempo afastados.
A outra opção é observar quando é que a fêmea parece estar em cio e juntá-los então, por algumas horas ou por uma noite. Com este método podemos prever exatamente quando se dará a ninhada e será fácil voltar a reunir o casal com os seus companheiros. A desvantagem é que pode ser difícil detectar os sintomas de cio da fêmea, podemos não acertar no momento certo.
Caso o macho fique junto com a fêmea durante todo o tempo da gravidez é preciso retirá-lo antes do parto, pois a fêmea entra no cio imediatamente a seguir!

A gravidez

O tempo de gravidez dura entre 21 e 24 dias, sendo preciso estar atento a situações de risco após esse tempo. Em raros casos de implantação tardia a gravidez pode estender-se até 35 depois da cópula.
A alimentação da ratazana grávida deve ser o mais saudável e completa possível, mas não é aconselhável aumentar demasiado a quantidade de comida. A fêmea vai ganhar entre 100 a 150 gr de peso durante a gravidez.
Alguns criadores defendem que não se deve incomodar a fêmea durante o tempo de gravidez. Acho que é seguro continuar a manuseá-la diariamente, mas reduzindo o tempo que passa fora da gaiola à medida que o momento do parto se aproxima. O stress pode causar absorção da ninhada pela fêmea.
A fêmea pode passar por uma mudança de temperamento durante a gravidez, causada pelas hormonas, ascendendo temporariamente a alpha do grupo. A fêmea pode ficar com as suas companheiras durante todo o tempo da gravidez e parto, desde que não hajam mais fêmeas grávidas no grupo (o que originaria lutas pelas crias), mas pessoalmente prefiro dar-lhe espaço e intimidade numa gaiola aparte.
A gaiola onde se dará o parto não deve ter níveis ou outros objetos de onde as crias possam cair ou magoar-se. É preciso ter em atenção o espaçamento entre as grades, devido ao pequeno tamanho das crias recém-nascidas. Pode ser melhor optar por um tanque de vidro ou caixa plástica de bom tamanho, com tampo em rede para boa ventilação.
Deve fornecer-se bastante material para fazer o ninho, de preferência de cor branca para que se possa estar atento a sangramento excessivo. Tiras de papel higiênico, por exemplo. Algodão ou tecidos fibrosos são desaconselhados. A fêmea pode entrar em frenesim, fazendo e refazendo ninhos gigantes, ou não fazer nenhum até depois do parto.

O parto

A fêmea grávida dorme muito, mas nos momentos que antecedem o parto vai começar a agitar-se. O início do parto é assinalado por uma mancha de sangue aguado na uretra, demorando uma ou duas horas a partir daí. A fêmea não precisa da nossa assistência, pelo contrário, podemos estressá-la ao intervir. Assim o melhor é deixar a pequena estar e ir observando à distância.
Se acontecer o parto prolongar-se demasiado, convém estar alerta a sinais de problemas.
É normal haver algum sangue claro e aguado, mas se houver sangramento excessivo, espesso, escuro ou acastanhado, quer dizer que os bebés já estão mortos dentro dela. Neste caso tem de ser posta a antibióticos para evitar uma infecção.
Se houver cessação das contracções quando ainda parecem vir bebés a caminho, pode haver um bebé a bloquear, por ser demasiado grande, estar virado de maneira errada ou já estar morto.  A maioria dos partos corre bem, mas quando não é assim, os resultados podem ser fatais, para mãe, bebés, ou ambos. O veterinário pode ter de intervir, utilizando oxitocina (que também pode ser utilizada para estimular a fêmea a produzir leite) ou realizando uma cesariana. Infelizmente quando se recorre à cesariana a fêmea já está tão esgotada que dificilmente sobrevive à operação. Mesmo sobrevivendo, pode morrer poucos dias depois devido ao choque.
Pode ainda acontecer que a fêmea não resista, mas as crias sobrevivam. Neste caso o melhor é encontrar outra fêmea com crias de idade semelhante. Para facilitar a adoção devemos esfregar as crias novas em litter do seu ninho. Normalmente a fêmea aceita-as.
Caso não exista essa opção, é preciso estar preparado para criar os recém-nascidos à mão. Para isso recomenda-se a leitura dos artigosCaring for orphaned baby rats or mice e Raising orphaned rats or mice.
Mais informação em breve.

Cuidar


cuidar

Saúde

As ratazanas não precisam de vacinas, mas como com qualquer animal, convém ir ao veterinário de vez em quando. Podem ter de ser desparasitadas ou esterilizadas e é preciso estar atento a  sinais que possam ser sintomas de uma doença. Em caso da existência desses sintomas é prioritário ir ao veterinário o mais rápido possível. As ratazanas instintivamente tendem a “disfarçar” quando doentes, ou seja, não se mostram doentes apesar de o estarem, pelo quando se notarem os sintomas a doença pode estar já bastante avançada!… Apenas o veterinário pode indicar o diagnóstico e medicações corretas.

A observar

Dentes
Dentes saudáveis devem ter um esmalte de coloração amarela ou laranja, devido à presença de compostos de ferro nos glóbulos vermelhos. Os dentes brancos são um sintoma de insuficiência renal, que impede os rins de produzirem eritropoetina, responsável pela produção de glóbulos vermelhos no sangue, contribuindo para  o desenvolvimento da anemia. Os dentes dos roedores estão em constante crescimento e podem ter de ser serrados. Alimentos duros, como massa espiral crua, ajudam a desgastar os dentes.
Porfirina
Quando uma ratazana se sente estressada produz um pigmento em excesso, a porfirina, o que se nota junto dos olhos e narinas na forma de uma coloração vermelha facilmente confundida com sangue. Uma pequena manifestação desta coloração é normal, mas se for demasiada ao ponto de tingir as patas quando se esfrega, então o animal pode estar doente. As ratazanas hairless podem produzir mais porfirina.

Sintomas a ter em conta

Problemas de pele
Perda de pelo; vermelhidão na pele, inchaços, feridas ou escamas; pelo muito seco; gestos incessantes de coçar ou roer.
Problemas abdominais
Diarreia; perda de peso ou de apetite; infertilidade; consumo de água ou produção de urina excessivos; letargia; barriga inchada.
Problemas de músculos ou ossos
Coxear ou caminhar com uma pata levantada; ângulos anormais nos membros.
Problemas de sistema nervoso
Tremor, dificuldades de coordenação, convulsões, paralisia, depressão.
Outros sintomas
Respiração pesada; gestos de fungar, babar ou pingar pelos olhos ou nariz; dificuldade em mastigar; postura curvada ou rígida permanente; marcha rígida; aumento de agressividade; mudança no ciclo de sono ou no comportamento geral do indivíduo; cauda quadrada (sinal de que a ratazana está ou já esteve em situação de subnutrição).
O que fazer em caso de ratazana engasgada ou a sufocar.

Problemas mais frequentes

Infecções Respiratórias
Podem dever-se a falta de condições sanitárias, excesso de poeira, subnutrição, stress… Os sintomas são: marcha rígida; excesso na coloração avermelhada à volta dos olhos ou nariz; insistência em esfregar o focinho; respiração pesada e sibilante; perda de peso e apetite; postura curvada; letargia… A ratazana tem crises respiratórias: mostra uma grande dificuldade em respirar, fazendo-o de boca aberta e soltando um estalido ao inspirar.
Tumores
A maioria dos tumores que ocorrem nas ratas são benignos e removem-se com alguma facilidade. Os tumores benignos são raramente causa direta de morte numa ratazana, mas o crescimento exagerado deste pode dificultar o bom funcionamento dos órgãos vitais. Os tumores malignos, mais raros, podem ter um crescimento surpreendentemente rápido, e são, geralmente difíceis de remover, já que se espalham, atacando os órgãos. A morte devido a tumores malignos ocorre, geralmente, por falha de órgãos vitais.
Bumblefoot
É um abcesso que se forma nas patas da ratazana, devido à intrusão de bactérias ou um corpo estranho, como uma lasca. Caminhar constantemente sobre superfícies irregulares como o gradeamento da gaiola, que estejam sujas ou sejam ásperas torna mais provável a ocorrência. A obesidade também pode tornar mais provável o aparecimento de bumblefoot, pois há mais peso exercido sobre os membros.

Parasitas

As ratazanas estão sujeitas a apanhar pulgas, piolhos ou ácaros, como qualquer outro animal de estimação. Em caso de contágio deve proceder-se a uma desparasitação externa. Esta pode ser feita usando um insecticida próprio para roedores, como o spray da men for san, pulverizando todo o corpo do animal (evitando o contacto com os olhos) e repetindo sete dias depois. Em alternativa pode ser usada uma ampola para gatinhos, como a da a vantagem, mas em quantidades minímas (uma ampola para vários ratos). Podemos ainda usar um pente fino para ajudar a remover os parasitas. É importantíssimo desinfectar bem a gaiola e todos os seus componentes.

Ratz doente

Uma rata doente ou ferida pode ter de ser imediatamente separada dos companheiros e viver numa gaiola aparte até estar restabelecida!… Além de minimizar o perigo de contágio, evita que seja atacada pelos outros. Essa atitude é instintiva, já que na natureza, um animal doente é uma ameaça para a colônia.
Esta gaiola hospital deve ser adaptada às necessidades especiais do animal. Por exemplo, se tiver dificuldades em deslocar-se é preferível que não hajam níveis de onde possa cair. Se tiver uma ferida convém optar por litter à base de tecido ou papel, para evitar que entrem poeiras. Se uma doença implicar perigo de contágio a gaiola deve ficar num quarto afastado dos outros ratz. Informa-te bem com o vet sobre essa questão, pois por vezes o que é contagioso aos outros ratos não o é a pessoas e nesse caso podes compensar a solidão da rata com a tua companhia (:

Dar medicamentos

Pode ser difícil… mas existem alguns truques!
Um comprimido pode ser ocultado no interior de um bago de milho cozido. Caso isto não resulte, o comprimido pode ser moído e misturado num bocadinho de iogurte ou manteiga de amedoim (uma quantidade mesmo mínima, para nos certificarmos de toma tudo).
Uma solução líquida tem de ser forçada pela boca da rata, usando uma seringa sem agulha. Podemos ainda usar uma ponta de plástico para ajustar à seringa (à venda na farmácia). Passo a passo: imobilizar a rata enrolando-a numa toalha e segurando-a entre os joelhos; abrir-lhe a boca suave mas firmemente com uma mão; com a outra mão, introduzir a ponta de plástico na boca e despejar o remédio (não todo de uma vez, mas em quantidades equivalentes a um gole, para não o animal não se engasgar). Pode ser mais fácil com a ajuda de alguém que segure a ratazana, de preferência alguém que o animal já conheça. É importante que tome tudo até ao fim ou vai receber apenas uma parte do tratamento prescrito.
O veterinário pode ainda prescrever um injetável a administrar sob a pele. A pele das ratazanas é bastante dura e espessa, o que não torna a tarefa fácil. Pede-lhe que te demonstre bem como fazê-lo.
Há ainda tratamentos que são aplicados com um banho. Vê as informações sobre banhos abaixo, com um tutorial da Joana Búzio.
Mas atenção… nunca uses medicamentos que não foram prescritos pelo veterinário!
Consulta-o antes de tentar estes truques para confirmar se os comprimidos podem ser moídos, se um líquido pode ser diluído em água, se devem ser administrados oralmente ou por injeção…

O Banho

As ratazanas domésticas não precisam que lhes deem banho, pois são animais asseados que se limpam com lambidelas como os gatos, mas em certas situações um banho pode ser necessário, por exemplo em casos de sujidade extrema, calor intenso ou em tratamentos de aplicação por champô. O banho passo a passo, pela Joana Búzio, aqui.

Zoonoses

Grande parte do preconceito que rodeia a ratazana doméstica deve-se ao medo das zoonoses. Zoonoses são doenças de animais que podem ser transmitidas às pessoas, ou vice versa. Existe risco de contágio por zoonose ao ter ratazanas sim, tal como com qualquer outro animal de estimação. Mas o risco não é mais exagerado que tendo um cão, um gato, uma vaca ou uma tartaruga.
A doença mais “associada” às ratazanas hoje em dia é a leptospirose.
É uma zoonose provocada por uma bactéria, que afeta animais e pessoas.
A doença é transmitida pela urina de rato e pela água, principalmente de enchentes ou poços.
Existe em duas formas:
- anictérica, a mais comum e mais benigna;
- ictérica, a mais rara e que pode ser fatal.
Os sintomas podem variar entre febre alta, dores de cabeça, dores musculares (com incidência nos membros inferiores), dores abdominais, dores articulares náuseas, vômitos, diarreia, olhos vermelhos, manchas pelo corpo, entre vários outros sintomas (sim, são muitos sintomas que podem existir juntos ou não, por isso o diagnóstico da doença é difícil). Na maioria dos casos o paciente melhora após uma semana. Nos casos de icterícia o paciente apresenta uma cor amarelada após o terceiro dia. Esses são os casos mais complicados de tratar. O tratamento é feito com antibióticos e estreptomicina ou dihidroestreptomicina, para eliminar a bactéria dos rins.
A leptospirose em Portugal:
http://www.eurosurveillance.org/ViewArticle.aspx?ArticleId=63&LanguageId=4
A leptospirose e a ratazana doméstica:
http://www.afrma.org/med_leptospirosis.htm
Não é uma doença comum e não é comum os nossos ratos de estimação carregarem a bactéria.
O que pode acontecer é serem contaminados ao ter contacto com ratazanas selvagens. Por isso é tão importante certificarmo-nos que as nossas ratazanas, a sua comida ou objetos não têm contacto com animais selvagens, e por isso não gosto de levar as minhas para a rua, para parques ou outros espaços onde possa ter estado uma ratazana selvagem. Os nossos cães e gatos também podem apanhar a doença, da mesma maneira. É uma questão de prevenção. Há alguma probabilidade de acontecer, sim… mas é tão grande o risco com as ratz como com um cão, um gato ou um coelho.

Alimentar


Alimentação

As ratazanas comem tudo o que apanharem, mas não quer dizer que tudo é bom para elas. Uma alimentação errada terá consequências na sua saúde. É até visível na condição geral do animal. Nota-se o pelo baço e sem brilho, a cauda quadrada, má forma física…
Muita gente opta por dar ração “para encher”.
Usando muito milho, ração de cão, ração de hamister, ração de coelhos etc. São opções baratas, mas não adequadas às ratas.
O milho seco pode transportar fungos, pelo que se deve optar por dar milho fresco. A ração de cão tem demasiada proteína e demasiadas gorduras. Pode dar-se um grão ocasionalmente, mas não fazer disso alimentação base… A ração de hamister contém muitas sementes de girassol, demasiado ricas em gordura, devendo ser dadas apenas como guloseima. A ração para coelhos contém alfafa, que as ratazanas têm dificuldades em digerir.
A alimentação por muitos considerada como mais completa e adequada às necessidades nutricionais da ratazana doméstica são os chamados rat lab blocks, granulados extrusionados. As marcas que se encontram mais facilmente por cá são as da linha Versele-Laga:Rat&Mouse PRO e Rat Complete. A mesma marca também oferecemisturas: Rat Nature e Rat Crispy. Não havendo acesso à alimentação comercializada, ou se queres adicionar variedade, podem considerar-se as misturas caseiras: Dieta da DebbieDieta Subee, Dieta Shunamine e outras. Avaliar qual destas opções é mais adequada ao seu animal cabe a cada dono. Para ajudar nessa decisão consulta as necessidades nutricionais das ratas e continua atento às opções disponíveis no mercado.
Atenção, que nenhuma destas escolhas alimentares é válida sem frutas e legumes como complemento!
E mesmo muito importante é estar atento aos alimentos proibidos!

A minha mistura

A minha preferência pessoal é uma combinação entre Rat&Mouse Pro e Rat Complete, que encomendo na loja de animais local. Na ausência destes dois (o me que acontece frequentemente por atraso das encomendas), fui criando a minha própria mistura, que se vê na foto acima. Receita aqui.

Alojar


Alojamento

Aquários e Terrários

A maioria dos aquários/terrários podem ser um alojamento adequado a várias espécies de roedores, mas não a ratazanas. As paredes de vidro  impedem a circulação de ar, o que resulta na concentração do amoníaco presente na urina. Isto vai tornar o cheiro pior e afetar bastante a saúde do animal. Consequentemente, vão necessitar de uma limpeza muito mais frequente. No Verão o calor pode tornar-se insuportável… E sem níveis ou barras as ratazanas não têm oportunidades para trepar. Os ratos podem ainda roer o silicone que une os vidros. O silicone pode ainda absorver a urina, criando bactérias. Mas se bem adaptado, um terrário pode ser um bom habitat para ratazanas. O terrário na fotografia tem um bom tamanho (120 x 60 x 70) e foram-lhe adicionados níveis, mas mais importante, tenta favorecer a circulação de ar através de furos e entradas de ar.
GroteFoto-Z8AJ7ARU

Gaiola – Terrário

50360794_tp
Pode ser uma opção interessante, já que alia as vantagens do aquário às da gaiola, ao mesmo tempo anulando as piores desvantagens de ambos (o litter não sai, não há problemas de ventilação…).

Caixas de Plástico

Nas caixas de plástico o problema de ventilação mantém-se. Além disso, algumas ratazanas conseguem roer o plástico e possivelmente escapar. Não oferecem a oportunidade de trepar e costumam ser demasiado pequenas… No entanto, uma caixa suficientemente grande e arejada pode ser um bom alojamento provisório, para uma ratazana que esteja doente ou prestes a dar à luz.

Gaiolas de Arame

ratsandbunny772
São as mais adequadas às necessidades das ratazanas, principalmente se tiverem vários níveis, estimulando-as a trepar e exercitar-se. Existem de todos os tamanhos e feitios. São ventiladas, mantendo assim a temperatura ambiente. Permitem ao animal ver e cheirar o que o rodeia. As barras facilitam que se pendure objetos como casas e hammocks, tornando a gaiola mais agradável para a ratazana.  Defeitos… Existem casos de ratazanas que se magoaram prendendo as pata nas barras, mas se estas tiverem um espaçamento adequado ao tamanho da ratazana é pouco provável que tal aconteça, e não é de todo um problema frequente. Alguns tabuleiros de plástico podem ser roídos, mas não todos. Se o tabuleiro for pouco fundo, os ratos podem ainda atirar o litter para o chão. As gaiolas Ferret Nation, como a da foto, são consideradas por donos de ratos de todo o mundo como as melhores, pelo correto espaçamento das barras, tamanho adequado e facilidade de limpeza e interação que a porta proporciona, mas não estão preparadas para levar sub estrato, usando-se antes tecido.

Tamanho

O maior possível!… Uma gaiola nunca é demasiado grande para as tuas ratazanas. O tamanho mínimo de uma gaiola para duas ratas é aproximadamente 80 cm x 50 cm x 40 cm. A quantidade de ratazanas suportável por uma gaiola pode ser calculada através de Cage Size Calculators. As gaiolas para furões são muito boas para ratazanas, mas podem ter de ser revestidas com rede por fora no caso de se destinarem a fêmeas ou juvenis, que conseguem passar por entre as barras mais espaçadas. Se tiveres muitas ratazanas o ideal é tê-las organizadas em grupos e em várias gaiolas, adequadas às suas diferentes idades e necessidades. Dicas sobre como adaptar uma gaiola a ratazanas aqui.
Cuidado com o espaçamento entre as grades. Algumas gaiolas, principalmente as de coelho, podem ter um espaçamento demasiado grande, por onde uma cria ou uma fêmea pequena conseguem escapar. Esse problema pode ser resolvido forrando a gaiola com uma rede maleável. Um espaçamento menor que 1,5 cm será seguro.

Substracto

Ou litter é o material que se coloca no fundo da gaiola para controlo da higiene. Deve ser um material absorvente, que neutralize os odores mas que não tenha um odor  agressivo, que não levante poeiras (que causam problemas respiratórios) nem magoe as patas dos animais. Há uma grande variedade no mercado, embora por vezes condicionada pelo preço ou disponibilidade.Informação mais detalhada aqui.

Bedding

É o material que se fornece à ratazana para fazer o seu ninho. Os mais adequados são o feno, tiras de papel ou papel higiênico. O algodão é um material a evitar (mesmo o algodão natural) pois é muito fácil as patinhas ficarem presas.

Brinquedos

Os brinquedos são essenciais para uma rata feliz, pois estimulam os exercícios físico e mental. Podem ser colocados na gaiola ou num playground exterior. Não há regras na escolha dos brinquedos, basta ser criativo!… Claro que se devem evitar situações perigosas: materiais muito ásperos, afiados, cortantes ou tóxicos; redes e grades pouco espaçadas; objetos com buracos muito pequenos.
Sugestões de brinquedos: tubos de todos os tamanhos e formatos; escadas; bolas de diferentes materiais; caixas de cartão, de todos os tamanhos; cordas grossas que podem funcionar como pontes; o clássico cartão do rolo de papel higiênico… estes brinquedos podem ainda ser combinados entre si para formar labirintos!.. Mas não podemos esquecer o mais importante: a companhia de outro rato (:

Manter


Aos Pares é Melhor

A ratazana é um animal social. Em estado selvagem, as ratazanas vivem em colónias, e assim um animal solitário sentir-se-à desajustado e deprimido. Manter uma ratazana sozinha pode causar neuroses e problemas de comportamento. Em vários países as melhores lojas de animais recusam-se a vender apenas uma ratazana!… Se o objectivo não é fazer criação, pode sempre ter duas ou mais ratazanas do mesmo sexo. Duas dão praticamente tanto trabalho como uma e é muito mais recompensador. Ter um companheiro da mesma espécie vai tornar o animal mais activo e feliz, facilitando a interacção humana.Mais sobre o assunto aqui.

Intros

As ratazanas adoram ter companhia, mas introduzir de repente uma nova ratazana na gaiola pode originar lutas entre os animais. Estes vão tentar decidir as posições hierárquicas no grupo: pode correr tudo bem, ou os resultados podem ser sangrentos ou mesmo a morte. O melhor é jogar pelo seguro e fazê-lo gradualmente. Deixa a nova ratazana sozinha numa gaiola, junto da gaiola da ratz a que a queres juntar, durante um ou dois dias. Depois podes  deixá-las explorar as respectivas gaiolas, vazias. Isto vai fazer com que se habituem ao cheiro uma da outra. De seguida deixa que se conheçam num local neutro (onde a ratz residente não costuma estar), e se tudo correr bem, junta-as depois num local não neutro (onde a ratz residente costuma estar). Se vês que neste ponto as ratz se estão a dar bem, lava bem a gaiola onde vão viver e muda a disposição dos objectos (também lavados), para que se torne um local neutro para ambas as ratz.

Jogos

Os jogos são um desafio às capacidades da ratazana. Podem fortalecer os laços com o dono ou convence-la a refrescar-se num dia de calor.
Mais em breve…

Os outros animais

As ratazanas podem ser apresentadas aos outros animais da casa, mas convém monitorizar de perto e nunca os deixar sozinhos juntos!… Convém não esquecer que cada animal é único. Os meus cães dão-se bem com os meus ratz, mas tive outro cão de visita que só pensava em atacar. Desconfio demasiado do meu gato para tentar sequer, mas já vi outros gatos dar-se bem com ratz. É uma questão de conhecer os animais e vigiar sempre!

A idade…

A ratazana idosa dorme mais, quer sossego. Assim, não é grande ideia arranjar-lhe por companhia uma ratz pequenita e saltitona… Outra ratazana calma e velhota é capaz de resultar. Conforme envelhece, o animal enfraquece e pode desenvolver mais problemas de saúde… Pode ter dificuldades em mover-se devido ao enfraquecimento dos membros, principalmente traseiros.  Assim, é boa ideia repensar a disposição dos objectos na sua gaiola, de modo a facilitar o seu acesso. Por exemplo, eliminar os níveis e deixar tudo no mesmo plano para que o ratz idoso não tenha de trepar. Usar uma tigela menos funda para a comida menos, e uma alimentação menos dura. Também se deve fornecer mais bedding onde se aninhar, pois a ratazana idosa tem o pêlo mais fino e reservas de gordura mais escassas, sentindo assim mais o frio. Ainda pode ter dificuldades no seu grooming e precisar da nossa ajuda, para o que podemos usar uma toalhita sem perfume ou um pano húmido.

… e o fim.

Nunca é fácil lidar com a morte, nem falar nisso… mas é preciso. Se o animal está em sofrimento e já não há nada a fazer, há que considerar a eutanásia, e estar informado sobre a maneira correcta de a fazer, com a ajuda do veterinário. A eutanásia deve ser feita  anestesiando o animal com gás para depois administrar uma injecção letal no coração, de modo indolor. Depois há sempre a questão do corpo… A maioria das clínicas veterinárias tem serviço de cremação, mas podes preferir enterrar num canto recôndito do jardim de casa… É uma escolha pessoal.
Quando o laço é forte, perder um bichinho destes é tão difícil como perder um membro da família… para mim, eles são família. Por vezes expressar essa perda ajuda de algum modo. Pode ser através de um poema, um álbum de fotos do animal, um desenho, uma tatuagem, guardando um objecto favorito…

Leituras

Conhecer


conhecer



Classificação científica: Reino Animal> Filo Chordata> Classe dos Mamíferos> Ordem Rodentia> Família dos Murídeos> Subfamília dos Roedores> Género Rattus> Espécie R. Norvegicus
Nesta ilustração podemos observar o esqueleto de uma ratazana. No raio X abaixo é possível relacionar o esqueleto com a massa corporal do animal.

Características

A ratazana doméstica tem o pêlo macio e em várias cores. O seu odor natural praticamente não se sente, e lava-se sozinha diariamente, como um gato. Se a gaiola tem mau cheiro, isso só significa que alguém se esqueceu de a limpar!… Enquanto animal crepuscular, é bastante activa durante a manhã e início da noite, mas  habitua-se a estar acordada a outras horas, se for para receber atenção. A esperança média de vida de um Fancy Rat situa-se entre os 2 e 3 anos. O Fancy Rat mais velho de sempre entrou no Guiness Book: viveu 7 anos e 4 meses!…
Dentes saudáveis devem ter um esmalte de coloração amarela ou laranja, devido à presença de compostos de ferro nos glóbulos vermelhos.
cauda da ratazana, que tanta impressão causa a muita gente, é na verdade um apêndice bastante inteligente!… Além de essencial na manutenção do equilíbrio, tem ainda função de termóstato: em ambientes quentes a cauda expele o excesso de calor, enquanto em ambientes frios o conserva, graças aos vasos sanguíneos que correm lateralmente ao longo da cauda, junto à superfície da pele.

Crescer


A ratazana bebé nasce completamente nua, uma coisinha cor de rosa. Durante o primeiro mês de vida é criada pela mãe, estando pronta a ir para o seu novo lar após as cinco semanas de idade. Atinge a “adolescência” aos seis meses, altura em que as hormonas disparam e podem haver disputas pela dominância. Após esse período mais crítico a ratazana tende a acalmar e tornar-se mais pachorrenta. Para acompanhar o crescimento de um bebé desde o momento do seu nascimento ao momento de adopção consulta o pdf Desenvolvimento da Ratazana Bebé.

Comportamentos

A ratazana é um animal social, que adora companhia e  pode aprender imensos truques. É exactamente por estas características –sociabilidade e inteligência – que é tão utilizada em pesquisas de laboratório. Foi considerada pelo Discovery Channel como o décimo animal mais inteligente, por ser capaz de contornar desafios montados por cientistas brilhantes. É um animal com tamanha capacidade de adaptação que conquistou o mundo: apenas na Antárctica não há ratazanas!…
Algumas ratz, principalmente as jovens, costumam mordiscar os dedos dos donos por curiosidade, ao sentirem o cheiro de algo, ou para brincar e mostrar afeição. Estes beliscões de leve não magoam, são umas cócegas carinhosas bastante diferentes de uma mordida a sério. Parecem ter um gosto especial por pés calçados com meias… saberá a queijo? Mas, o modo como vai “mostrar amor” é algo único: pode ficar muito quieto no teu colo, ficar horas no teu ombro enquanto trabalhas, tentar limpar a tua pele como se fosse pêlo, seguir a tua mão para brincar…
Uma ratazana não costuma morder... Mas pode estar doente, com dores, a proteger o seu território, companheiro ou ninhada,  detectar o cheiro de comida ou de outros animais… Pode simplesmente estar nos seus genes (para evitar este tipo de predisposição genética não se deve procriar indivíduos agressivos). Pode ainda acontecer que uma ratazana não seja naturalmente propensa a morder, mas que por nunca ter sido devidamente manuseada, ou não ter sido manuseada de todo, crie esse hábito como defesa contra o “inimigo” humano, porque tudo o que nos é estranho é também assustador. Com muita paciência e carinho (e alguma experiência), a reabilitação é possível. Lê o caso de Phineas.
Um dos medos mais comuns do dono inexperiente é saber distinguir se as ratz estão a brincar ou a lutar.
Podem ser ruidosas a brincar: guincham, mordiscam-se, andam aos saltinhos, rebolam pelo chão. Uma das ratz pode passar por cima de outra, montá-la ou urinar-lhe em cima para afirmar-se dominante. Estes jogos vão definir a estrutura social e os fortalecer laços entre os animais.
Podem haver lutas a sério: quando uma ratz estranha invade a colónia, a autoridade do alpha ou a ordem social são postas em causa, se é preciso competir para acasalar ou se há uma ratz doente ou ferida. Quando duas ratz estão prestes a lutar olham-se intensamente, imóveis, o pêlo das costas levantado, balançando o rabo de modo nervoso. Quando lutam os guinchos são estridentes, as mordidelas fazem sangue e voa pêlo pelo ar. Normalmente não lutam até à morte, mas acontece.
Agir perante uma luta
O que eu faço, quando possível, é pegar numa toalha ou cobertor e atirar para cima dos ratz. Não convém manusear os animais agitados, assim, uso a toalha para os separar sem levar uma dentada e deixá-los em gaiolas diferentes, dando-lhes tempo para acalmar.

Machos e fêmeas

Machos

Podem pesar entre 500 e 800 gr. Tornam-se mais molengões e preguiçosos com a idade. Podem marcar o território com pequenos pingos de urina ou ser agressivos para outros machos, mas a esterilização pode atenuar esses comportamentos.

Fêmeas

Podem pesar entre 300 e 500 gr.  Continuam a ser sempre muito activas à medida que envelhecem. Também podem marcar o território com pequenos pingos de urina mas é menos provável. Se estes pinguinhos assustam, deixa-me perguntar: já foste dono de gatos?…  Eles fazem exactamente o mesmo.

Variedades

Corpo

Dwarf                   Standard
dwarfs-web-1 
Standard Eared  Dumbo Eared
 
Odd Eyed            Manx/Tailless
dispite_all_my_rage____by_scyphir dscn03552

Pelagem

Standard       Satin          Rex
normal satin1 rex
Velvet         Harley       Hairless
lilac-velvet little_rat__big_ambitions_by_beautifulwolf 

Leituras

The Rat – A study in behavior

Genética


genética

Qualquer criador de ratos devia procurar ter um conhecimento mínimo sobre genética… Este conhecimento permite evitar doenças e anomalias associadas a certos genes; selecionar exemplares mais saudáveis e que vivem mais tempo; aperfeiçoar uma variedade ou descobrir uma variedade nova e ser capaz de a reproduzir. Não sou de modo nenhum especialista na matéria… mas talvez por isso mesmo a consiga explicar de forma simples.

Compreender a genética

Genética é a ciência que estuda os genes e a hereditariedade: o modo como se transmitem características através da reprodução, de geração em geração. Todos os seres vivos são formados por células, unidades estruturais e funcionais. A informação necessária para o funcionamento da célula e sua transmissão à geração seguinte está alojada no gene, unidade da hereditariedade. Assim, o gene codifica características, como a cor dos olhos.

Genótipo e fenótipo

Ao conjunto dos genes de um indivíduo chama-se genótipo.
Às suas características visíveis chamamos fenótipo. Estas vão ser influenciadas pelo genótipo, pelo meio ambiente e por um pouco de sorte. A maioria das vezes baseamos-nos no fenótipo para deduzir o genótipo do animal.

Homozigótico e heterozigótico

Os genes estão contidos no cromossoma, longa sequência de DNA. Cada gene ocupa uma posição no cromossoma, locus. Os seres que se reproduzem sexuadamente juntando macho e fêmea têm dois conjuntos de cromossomas, um proveniente da mãe e um do pai. As ratazanas nascem com 42 cromossomas, 21 provenientes de cada progenitor. Portanto, vão ter duas possibilidades genéticas para cada locus, a que chamamos alelo.
Se o mesmo gene tiver duas cópias iguais – o mesmo alelo – é homozigótico.
Se for representado por alelos diferentes é heterozigótico.

Gene dominante ou recessivo?

Um alelo pode ser dominante (A maiúsculo) ou recessivo (a minúsculo).
Se for dominante vai manifestar-se, podendo ser observado nas características do animal (no seu fenótipo).
Se for recessivo não se vai manifestar, não sendo visível no fenótipo do animal.
Mas o gene não desapareceu! Está lá, mas “escondido”, mascarado pelo gene dominante. Na ausência de um gene dominante, os genes recessivos não serão mascarados, sendo então visíveis as características que transportam. Ou seja, o alelo recessivo só se manifesta se for homozigótico. Estamos perante uma dominância completa.

Numa dominância incompleta os traços genéticos são misturados no fenótipo. O alelo apresenta um fenótipo intermédio.

Numa co-dominância ambos os alelos são ativos, e assim os traços genéticos podem expressar-se simultaneamente no fenótipo.

Cores básicas

Independentemente do seu aspecto, todas as ratazanas têm por cor base o agouti ou o preto. O preto diluído dá origem às cores sólidas, enquanto o agouti origina as cores com “mistura”. Assim, ao cruzar duas cores que não tenham relação, é muito provável obter agouti ou preto.
Informação detalhada sobre cada locus:
De A a G  e de M a S.
Lista detalhada de códigos genéticos aqui.
Mais à frente irei debruçar-me sobre as particularidades genéticas de cada variedade. Para já, aqui fica uma ilustração que se tornou pertinente.

Mais em breve.

standard


Tipo

Tipo é o “conjunto de feições características de uma raça.” Refere-se à morfologia, à aparência externa de um animal. Esta poderá estar mais ou menos próxima de um ideal imaginário – o standard – definindo assim se tal indivíduo representa um “bom tipo” ou um “mau tipo”. O tipo da ratazana deve ser de aparência geral agradável. Corpo longo, de aspecto vigoroso, deixando antever uma estrutura óssea forte. Lombo bem arqueado.
Condição deve ser excelente. O animal deve ter um bom peso para o seu tamanho. O pelo deve cobrir o corpo com densidade, sendo curto, macio e brilhante (excepto Rex). O pelo dos machos será um pouco mais longo e áspero que o das fêmeas.
Cabeça bem proporcionada, tanto em largura como em comprimento, com uma boa distância entre olhos e entre orelhas. O focinho não deve ser demasiado delgado ou pontiagudo. Bigodes longos e direitos (excepto Rex).
Olhos grandes, proeminentes e atrevidos, revelando curiosidade e interesse.
Orelhas posicionadas bem afastadas na cabeça, erectas, de forma arredondada e bom tamanho. Sem dobras ou vincos.
Cauda cônica, mais grossa na base para ir afunilando até à ponta. Sem torções. Comprimento tanto ou maior que o do corpo.
Tamanho não desclassifica um animal, mas perante um empate, é valorizado o maior. O tamanho médio é de 20 a 25 centímetros de comprimento, medidos do nariz à base da cauda, com aproximadamente, o mesmo comprimento para a cauda. Machos um pouco maiores que as fêmeas.
Em geral o animal deve ser dócil e fácil de manusear.
Quaisquer falhas físicas ou de temperamento devem ser penalizadas.
Qual é a importância do Tipo? Se nem há um clube da ratazana doméstica em Portugal, nem concursos, se qualquer rata dócil pode ser um bom pet, que importa?… Importa imenso, porque respeitar o standard é respeitar a forma natural do animal. Garantir corpo são em mente sã!
Adaptado de Type por Nichole Royer

Variedades

Adaptado de NFRS e AFRMA.
Variedades existentes em Portugal a vermelho.
Nós temos quatro variedades: standard, dumbo, hairless e rex.
StandardSegue toda a descrição acima.
DumboIgual a standard excepto na posição  das orelhas, colocadas mais baixo nos lados da cabeça, atrás das bochechas, e sendo também maiores e mais abertas. A orelha é ligeiramente enrolada no topo, lembrando a forma de uma pétala de rosa, mas ao pressionar gentilmente um dedo na parte de trás da orelha esta mostra ser na verdade perfeitamente redonda. A forma da cabeça segue o standard de um ratzo normal, mas pode parecer diferente devido à posição das orelhas. Uma parte de trás do crânio proeminente é normal mas não deve sugerir uma corcunda. As orelhas não devem ser vincadas, dobradas ou enrugadas, demasiado curtas, pontiagudas ou tubulares. A cor deve ser de qualquer coloração ou padrão reconhecidos.
Genética: gene recessivo que altera a forma e posição das orelhas, chamado provisoriamente du
Hairless
Pele fina, brilhante, bastante translúcida, limpa de cicatrizes ou burbulhas, tão desprovida de pelos quanto possível. A pele deve ser de qualquer coloração ou padrão reconhecidos, e as rugas são permitidas.  Os olhos podem ser de qualquer cor, desde que vivos e sem problemas.  As orelhas devem ser bem grandes e sem vincos. Os bigodes podem ser curtos ou inexistentes, sendo normalmente encaracolados.
Genética: hr
RexPelagem uniformemente densa e não excessivamente áspera, com tão poucos guard hairs quanto possível. Os pelos são encaracolados em todo o corpo, mas não tanto na barriga. Bigodes também encaracolados. A cor deve ser de qualquer coloração ou padrão reconhecidos. Nos casos de variedades silver ou com manchas deve-se ter em conta o menor número de guard hairs.
Genética: os rex originais devem-se a um gene dominante Re. Também existe sob a forma de gene recessivo, talvez F2 (fuzzy).
Estas quatro variedades existem em  quatro grupos:
Self: toda a pelagem consiste na mesma cor uniforme.
Other colors: toda a pelagem parece da mesma cor, mas o efeito é conseguido através da combinação de pelos de duas ou mais cores intercalados uniformemente.
Shaded: combinação de duas ou mais cores que não branco, dispostas num padrão reconhecido.
Marked: combinação de duas ou mais cores dispostas num padrão reconhecido.

Self

Pink Eyed White
Tão branco quanto possível, desprovido de quaisquer manchas. Olhos cor de rosa.
Genética: cc ou outros
Black Eyed White
Tão branco quanto possível, desprovido de quaisquer manchas. Olhos pretos.
Genética: P hehe
Ivory
Branco creme muito pálido, sem pelos ou manchas de outra cor. Orelhas e cauda cor de rosa. Olhos pretos.
Genética: ainda não provada, a ser pesquisada.
Champagne
Bege quente e uniforme, sem sinais de a cor esmorecer. Olhos vermelhos.
Genética: aaBCDpp ou aabbCDpp
Buff (Beige)
De um tom magnólia quente e uniforme, sem sinais de a cor esmorecer. Cor da barriga como a do corpo. Olhos rubi escuro.
Genética: aarr ou aabbrr
Mink
Castanho de um tom quase cinzento, sem sinais de a cor esmorecer, sem pelos ou manchas prateados mas com um brilho azulado distinto. Cor das patas como a do corpo. Olhos pretos.
Genética: aamm
Lilac
De um cinzento pombo de tom rosado, em todo o corpo, desde a ponta dos pelos à pele. Tom azulado a ser penalizado. Cor da barriga e patas como a do corpo. Orelhas e cauda cobertos de pelos cinzentos. Olhos cor de rubi muito escuro ou pretos.
Genética: aabbCCddPPRrmm.
Havana ou Mocha
De um castanho rico e quente. Olhos de cor rubi, em harmonia com a cor do pelo.
Genética: aaBBmmRr
Chocolate
Castanho de tom chocolate rico, tão uniforme quanto possível, sem sinais de a cor esmorecer, sem pelos ou manchas brancos. Cor das patas como a do corpo. Olhos pretos.
Genética: aabb or aaBBRr or aabbRr
Powder Blue
Azul muito claro, com subpelo mais claro. Barriga prateado claro. Deve ser completamente diferente do tom ardósia do Blue. Cor tão sólida quanto possível, sem sinais de a cor esmorecer, sem pelos ou manchas brancos. Cor das patas como a do corpo. Olhos rubi ou pretos.
Genética: aadd * seleccionada para um subpelo claro.
Sky BlueA cor está entre o Powder Blue e o Blue:  um azul claro e brilhante. Deve ser completamente diferente do tom ardósia do rato azul. Cor tão sólida quanto possível, sem sinais de a cor esmorecer, sem pelos ou manchas brancos. Olhos rubi ou pretos.
Genética: aabbgg
Blue
Azul ardósia, tão escuro quanto possível, sem qualquer sugestão de tons castanhos ou prateados. Olhos pretos ou rubi escuro.
Genética: aadd
Russian Blue
Cor azul semelhante à de cães e gatos azuis. Azul acinzentado suave, de tom médio, com um brilho metálico.  Um efeito subtil de pontos mais claros é normal neste variedade e não penalizado. Cor sólida, barriga como o corpo. Sub pelo azul escuro. Olhos pretos.
Genética: deve-se a um gene não provado rb* (d nos EUA). aarbrb
Black
Negro sólido, sem sinais de a cor esmorecer, sem pelos ou manchas brancos. Sub pelo também negro. Cor das patas como a do corpo. Olhos pretos.
Genética: aa

Other Colors

Agouti
De um castanho ruivo vivo, com pelos pretos espalhados uniformemente. Sub pelo cinzento escuro a preto. Barriga de cor cinzento prateado. Cor das patas como a do corpo. Olhos pretos.
Genética: ABCDPRM. Ratos heterozigotos em B, M e P por vezes têm a melhor cor. Ratos heterozigotos em R podem ser insípidos enquanto ratos heterozigotos em D são desinteressantes.
Cinnamon 
Cor de um castanho avermelhado quente, salpicado uniformemente por pelos chocolate. Sub pelo de um cinzento médio. Barriga como agouti mas num tom mais claro. Cor das patas como a do corpo. Olhos pretos.
Genética: A-mm
Fawn (topaz)
Cor de um tom rico, dourado, de cor de laranja, o mais profundo possível. Sub pelo cinzento ou azulado, muito claro. Barriga de um creme claro. A cor do corpo deve espalhar-se bem até aos lados, com uma diferenciação clara entre cor do corpo e cor da barriga. Olhos rubi, tão escuros quanto possível.
Genética: AArr or AAbbrr
Argent Fawn
Costas de um tom delicado de pêssego, tocado de prata e esvanecendo para creme nos lados e face. Cabeça sem qualquer marcação. Sub pelo e barriga brancos. Olhos vermelhos.
Genética: Chinchillated silver fawn.
Pearl
Prateado pálido, desvanecendo-se num sub pelo creme. Cada pelo deve ser delicadamente ponteado de cinzento, cobrindo uniformemente todo o animal. Barriga de um cinzento prateado e claro. Cor das patas como a do corpo. Olhos pretos.
Genética: aammPepe (pearl é um gene dominante letal)

ColourPoint

Siamese (Black e Ruby Eyed)
Corpo de um bege de tom médio, gradual e uniformemente sombreado sobre a sela e quartos traseiros em direção à barriga, sendo o ponto mais escuro a base da cauda. Não deve haver branco ou áreas muito claras em qualquer parte do corpo, patas ou cauda. A cor da cauda deve estender-se ao longo do seu comprimento. Barriga bege claro. Os pontos (áreas coloridas) são de um tom rico de sépia escuro, desvanecendo-se uniformemente com a cor do corpo. Olhos rubi ou pretos.
Genética de ruby eyed: a/a ch/ch
Genética de black eyed: ainda não provada, a ser pesquisada.
Blue Point Siameses (Black e Ruby Eyed)
Corpo de um bege prateado, gradual e uniformemente sombreado sobre a sela e quartos traseiros em direção à barriga, sendo o ponto mais escuro a base da cauda. Não deve haver branco ou áreas muito claras em qualquer parte do corpo, patas ou cauda. Barriga bege prateado e claro. Os pontos são de um tom azul profundo, desvanecendo-se uniformemente com a cor do corpo. Orelhas, cauda e patas tão azuis quanto possível. Olhos rubi ou pretos.
Genética: a/a ch/ch rb/rb* (genética não provada no caso de olhos pretos).
Himalayan (Black e Ruby Eyed)
Corpo de cor branca, sólida e livre de manchas, com pontos de um tom sépia escuro e rico. Pontos: face, não se estendendo além dos olhos; orelhas, não se estendendo além da base; patas dianteiras, não se estendendo além dos cotovelos; patas traseiras, não se estendendo além do tornozelo; cauda, não se estendendo além da raiz da cauda;  patas de cor sólida, desprovidas de branco. Olhos rubi ou pretos.
Genética de red eyed: aachc or aachch selecionada para corpo pálido e sem sombras.
Genética de black eyed: ainda não provada, a ser pesquisada.
Blue Point Himalayan (Black e Ruby Eyed)
Corpo de cor branca, sólida e livre de manchas, com pontos de um azul esmufado de tom médio. Pontos: face, não se estendendo além dos olhos; orelhas, não se estendendo além da base; patas dianteiras, não se estendendo além dos cotovelos; patas traseiras, não se estendendo além do tornozelo; cauda, não se estendendo além da raiz da cauda;  patas de cor sólida, desprovidas de branco. Olhos vermelhos ou pretos.
Genética: a/a ch/c d/d (genética não comprovado no caso de olhos pretos).
Golden Himalayan
De uma cor de pêssego uniformemente assinalada com pelos prateados, com points castanhos no nariz, patas e raiz da cauda. Barriga de um tom creme pálido. A cor do corpo deve espalhar-se bem até aos lados, com uma diferenciação clara entre cor do corpo e cor da barriga. Orelhas e cauda de cor clara. Olhos pretos.
Genética: ainda não provada, a ser pesquisada.
Burmese
Corpo de castanho de tom médio, sólido e sem sinais de a cor esmorecer, com pontos mais escuros no mesmo tom. Deve haver um forte contraste entre os pontos e a cor do corpo. Olhos pretos.
Genética: ainda não provada, a ser pesquisada.

Marked

Berkshire
Marcação simétrica, com tanto branco no peito e barriga quanto possível. A marcação branca não deve estender-se aos lados do corpo, tendo limites claros e sem mistura de cor. Membros anteriores brancos até meio, pés brancos até ao tornozelo. Cauda branca até metade do seu comprimento. O corpo pode ser de qualquer cor reconhecida. O branco deve ser de um tom puro, desprovido de qualquer outro tom. Uma pinta branca na testa é desejável.
Genética: Hh or Hhe + outros genes de marcação
Blaze
Distingue-se por uma mancha branca simétrica que começa no focinho e se estende até à testa. O blaze deve cobrir toda a área dos bigodes mas estreitar-se, terminando num ponto a meio, entre os olhos e as orelhas. Não se deve estender às bochechas ou olhos. O corpo pode ser de qualquer cor reconhecida. O branco deve ser de um tom puro, desprovido de qualquer outro tom.
Genética: ?
Badger
Badger chama imediatamente a atenção pelo blaze. Tanto quanto possível da parte de baixo do animal deve ser branca, incluindo barriga, peito, garganta e parte interior das pernas, não devendo o branco estender-se aos lados do corpo. Patas traseiras brancas até ao tornozelo, patas dianteiras brancas até ao cotovelo. Cauda branca até metade do seu comprimento. O corpo pode ser de qualquer cor reconhecida. O branco deve ser de um tom puro, desprovido de qualquer outro tom.
Genética: várias possíveis
Irish
Triângulo equilátero branco no peito. O triângulo deve ser de um bom tamanho, bem desenhado e sem mistura de cores. Não se deve estender numa linha até à barriga, mas antes ocupar todo o espaço entre os membros posteriores. Mãos brancas e pés brancos até metade do comprimento. O corpo pode ser de qualquer cor reconhecida.
Genética: Hh ou Hhi + outros genes de marcação
Hooded
O hood deve ser contínuo, cobrindo cabeça, garganta, peito e ombros, excepto em casos de colorações claras, em que garganta e peito pálidos são permitidos. O hood não deve ser quebrado, com a sela estendendo-se pela espinha até à cauda, onde a marcação deve abranger todo o comprimento possível. A largura da sela deve ser de 0,5  a 1,25 cm de comprimento (preferível 0,5 cm), tão certa quanto possível e inteira. Os limites do hood devem ser bem desenhados e sem mistura de cores. O hood pode ser de qualquer cor reconhecida. O resto do corpo deve ser branco. O branco deve ser de um tom puro, desprovido de qualquer outro tom.
Genética: hh ou hml
Hooded Downunder
O hood deve ser contínuo e bem delineado, cobrindo cabeça, garganta, peito e ombros, excepto em casos de colorações claras, em que garganta e peito pálidos são permitidos. O hood não deve ser quebrado, com a sela estendendo-se pela espinha até à cauda, onde a marcação deve abranger todo o comprimento possível. A largura da sela deve ser de 0,5  a 1,25 cm (preferível menor), tão certa quanto possível e inteira. O hood na barriga deve ter 2 a 3,5 cm de largura. Não devem haver manchas nos lados. O hood pode ser de qualquer cor reconhecida. O resto do corpo deve ser branco. O branco deve ser de um tom puro, desprovido de qualquer outro tom.
Genética: gene de marcação ainda não provado, possivelmente em H ou um seu recessivo. Neste caso combinado com hooded.
Spotted Downunder
A marcação não se deve estender além das orelhas, seguindo a linha do maxilar sem ultrapassar o queixo. Um blaze branco é muito desejável.
O corpo deve estar coberto de marcações quebradas, dando o efeito de malhas nas costas e barriga. Manchas de lado são desejáveis. As marcações podem ser de qualquer cor reconhecida. O branco deve ser de um tom puro, desprovido de qualquer outro tom.
Genética: Mesma que hooded downunder.
Bareback
O hood deve ser contínuo, cobrindo cabeça, garganta, peito e ombros, excepto em casos de colorações claras, em que garganta e peito pálidos são permitidos. Os limites do hood devem ser bem desenhados e sem mistura de cores. O resto do corpo deve ser branco. O branco deve ser de um tom puro, desprovido de qualquer outro tom.
Genética: hhHms
Variegated
Cabeça e ombros de uma cor distinta, com uma pinta branca na testa ou blaze. Se houver pinta esta deve ser colocada no meio da testa, redonda ou oval e não maior que o olho do rato. O blaze é uma mancha branca simétrica que começa no focinho e se estende até à testa. O blaze deve cobrir toda a área dos bigodes mas estreitar-se, terminando num ponto a meio, entre os olhos e as orelhas. Não se deve estender às bochechas ou olhos. O corpo do rato deve ser branco, marcado uniformemente com manchas e pintas de uma cor distinta. A cor deve ser de qualquer coloração reconhecida. Parte de baixo (incluindo barriga, peito e garganta) branco puro, desprovido de qualquer outro tom.
Genética: hhe ou hehe
Capped
A marcação não deve exceder as orelhas, seguindo a linha do maxilar mas não excedendo o queixo. Mancha branca na testa e corpo branco. A marcação pode ser de qualquer cor reconhecida. O branco deve ser de um tom puro, desprovido de qualquer outro tom.
Genética: hehe possivelmente hhehms
Masked
Uma máscara colorida cobre a face, cobrindo a área à volta dos olhos e sobre o nariz, mas não se estendendo para os lados, chegando aos maxilares ou abaixo do queixo. A marcação pode ser de qualquer cor reconhecida. O branco deve ser de um tom puro, desprovido de qualquer outro tom.
Genética: ?
Merle
A característica única desta variedade é o padrão de salpicos escuros distribuídos uniformemente por toda a cor base, mais clara, lembrando o um cão merle. As manchas devem ser várias e distintas. Olhos pretos.
Genética: Pearl ou ratos cinnamon pearl que carragem irregularmente o gene pearl.
Essex
Caracteriza-se por uma pinta branca colocada no meio da testa, bem definida e simétrica. O corpo pode ser de qualquer cor reconhecida, tendo em conta que o gene essex é responsável por um aclaramento da cor. A cor é mais escura ao longo da espinha, tornando-se menos intensa nos lados do animal. Desvanece gradualmente até à barriga, que é esbranquiçada. Quando visto de cima, o efeito de desvanecimento deve parecer simétrico e sem demarcação clara. Também pode ser notado nas pernas, de modo que as patas também são esbranquiçadas. Não devem haver manchas óbvias de cores contrastantes. Cauda com marcação não penalizada.
Genética: Gene dominante e letal em H locus ainda não provado e provisoriamente chamado Hro *
Roan
Uma variedade bicolor notavelmente marcada, com coloração roan (ruão), sendo a simetria e contraste marcas importantes. Claramente distinta das demais variedades marcadas.
Os roan nascem com cores sólidas, mas começam a exibir sinais de “roaning” da cor entre as quatro e as seis semanas. Isto consiste num aumento da quantidade de pelos brancos misturados com a cor sólida,  começando na face, lados e raiz da cauda enquanto juvenil, e depois avançando para a nuca com a muda de pelo. O rato torna-se mais claro a cada muda, atingindo o efeito final apenas depois de adulto. O efeito roan é mais pronunciado na face, traseiro e lados do corpo.
As marcações devem ser tão simétricas quanto possível.
Na cabeça, um blaze largo em forma de V invertido, cobrindo toda a área dos bigodes, chegando tão perto dos olhos quanto possível mas sem os tocar, e estreitando-se terminando num ponto a meio, entre os olhos e as orelhas. Linha do maxilar e garganta brancas. Cor dos olhos de acordo com a cor base reconhecida. A partir da cabeça, a cor continua cobrindo as orelhas e estendendo-se pelas costas até aos lados do corpo. Parte de baixo do corpo, incluindo peito, barriga, lados e pernas completamente brancos. De preferência a cauda não deve ter marcação.
As zonas coloridas não devem ter quaisquer manchas brancas, tal como as zonas brancas não devem ter manchas coloridas. Os limites das marcações devem ser bem desenhados e sem mistura de cores. A face tem de ter marcações brancas, mas não deve ser totalmente branca.
Genética: gene recessivo não provado que não está em H locus, com a quantidade de cor controlada por modificadores.
Striped Roan
Uma variedade bicolor notavelmente marcada, com coloração roan (ruão), sendo a simetria e contraste marcas importantes. Claramente distinta das demais variedades marcadas.
As marcações devem ser tão simétricas quanto possível.
Na cabeça, um blaze largo em forma de V invertido, cobrindo toda a área dos bigodes, chegando tão perto dos olhos quanto possível mas sem os tocar, e estreitando-se terminando num ponto a meio, entre os olhos e as orelhas. Linha do maxilar e garganta brancas. Cor dos olhos de acordo com a cor base reconhecida. A partir da cabeça, a cor continua pelo corpo sem sugestão de hood, numa risca inteira, horizontal, simétrica e tão direita quanto possível. A risca deve ter aprox. 5cm de largura, com demarcações claras. Parte de baixo do corpo, incluindo peito, barriga, lados e pernas completamente brancos. De preferência a cauda não deve ter marcação.
As zonas coloridas não devem ter quaisquer manchas brancas, tal como as zonas brancas não devem ter manchas coloridas. Os limites das marcações devem ser bem desenhados e sem mistura de cores, e não demasiado baixos. A face tem de ter marcações brancas, mas não deve ser totalmente branca. A risca não deve ser quebrada, nem demasiado estreita sugerindo um hood.
Genética: gene recessivo não provado que não está em H locus, com a quantidade de cor controlada por modificadores.
Atenção! As fotos acima são apenas ilustrativas. A percepção das cores é sempre algo alterada numa fotografia, pelo que mais do que a imagem, se deve considerar antes a sua descrição oficial de estalão para identificar uma cor. Não existindo ainda um estalão oficial em Portugal, este foi adaptado dos estalões americano e inglês.
As fotos foram cortesia de Joana Búzio, José Luís, Catarina Pereira, Catarina Machado e Mariana Flores.
Ainda não se encontram todas as variedades de ratas por cá, mas já estamos bem melhor que outros países, como a Austrália onde ainda nem há dumbo. Por isso acho que falta dizer “obrigada” aos criadores portugueses! É graças aos criadores responsáveis que selecionam as variedades respeitando standards, temperamento e tipo, que hoje podemos ter ratas fantásticas como animais de estimação!…